- Contribuir para uma maior dinâmica cultural na cidade do Porto, na sua Área Metropolitana e no país em geral.
- Fomentar a criação e formação de novos públicos.
- Apoiar directamente a criação, através de co-produções.
- Estabelecer e reforçar os intercâmbios culturais e artísticos de todo o mundo de expressão ibérica.
- Divulgar as novas linguagens artísticas, no âmbito das artes performativas e arte contemporânea.
- Estimular a criatividade e inovação artísticas.
- Estabelecer colaborações com instituições de ensino artístico.
- Promover a apresentação de novas dramaturgias.
- Desenvolver parcerias que estimulem a prática teatral e a divulgação nas suas diferentes componentes.
- Promover um programa de actividades paralelas ao Festival, através de exposições, seminários, debates, lançamento e promoção de livros.
- Promover programas de actividades pedagógicas.
- Editar livros e publicações sobre artes de palco.
Paralelamente, procura firmar públicos, acolher obras artísticas de referência, clássicas e contemporâneas, bem como descobrir projectos de carácter experimental e transdisciplinar, dando assim atenção às novas linguagens artísticas no âmbito das artes performativas.
Em Novembro de 1978, o Porto transformou-se com a realização do primeiro FITEI. As gentes da cidade e suas periferias saíram à rua, indiferentes à falta de conforto das inóspitas salas e espaços que nessa altura albergavam as iniciativas teatrais na cidade.
O FITEI, torna-se então o primeiro festival de teatro a acontecer em Portugal. Constituiu um enorme êxito e desde então realizou-se ininterruptamente na cidade do Porto.
Entretanto, a cidade alterou-se. O aparecimento do FITEI e de outras estruturas criaram a necessidade de recuperar equipamentos. Surgiram novas salas de teatro, novas ou recuperadas, assim como novas companhias, projectos, escolas e outros festivais.
O trabalho de divulgação do teatro que se faz em diferentes continentes onde se falam as línguas ibéricas é reconhecido nacional e internacionalmente. Em 1982 recebe o prémio de "melhor organização" da Associação Portuguesa de Críticos. Em 1985 é distinguido com a Medalha de Prata de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto. Em 1987 é declarado Instituição de Utilidade Pública. Em 1989 recebe o prémio especial Ollontay outorgado pelo CELCIT Centro Latinoamericano de Criação e Investigação Teatral. Em 1992 é homenageado pelo Festival Internacional de Teatro de Almada. Em 1995 recebe o prémio internacional Federico García Lorca. Em 2007 a nova imagem do festival recebe o Prémio Design Briefing para o Melhor Cartaz e o troféu de bronze no 10º Festival do Clube de Criativos de Portugal. Em 2008 recebe em Espanha o Prémio "Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas".
A partir de 2005 o Festival procurou abrir a programação a novas tendências artísticas, bem como abranger novos públicos. Neste âmbito, foram notórias as edições de 2006 e seguintes, que atingiram um público maioritariamente jovem. Também a partir de 2006, o FITEI alargou-se a outras cidades de Portugal e da Galiza, como Aveiro, Lisboa, Guarda, Coimbra, Moncorvo, Moita, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Santiago de Compostela, etc.
O Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica orgulha-se de ser o mais antigo do país e continuar a contribuir para a divulgação do teatro e das artes perfomativas, questionando sempre o seu papel e contributo para a sociedade.
O que é o FITEI?
O FITEI é uma instituição cultural cuja ambição é promover o teatro e as artes performativas, assim como fomentar a criação artística, através da realização de um festival anual com uma visão de destaque na Península Ibérica.
Quando se realiza?
O Festival tem uma periodicidade anual e realiza-se ininterruptamente desde 1978. O Festival decorre normalmente entre as últimas semanas de Maio e a primeira de Junho.
Quais os locais onde acontece?
O FITEI realiza-se em diversos locais da cidade do Porto: Teatro Nacional de S.João, Teatro Carlos Alberto, Teatro Helena Sá e Costa, Teatro do Bolhão, Teatro do Campo Alegre, entre outros. Desde 2006, o FITEI alargou-se a outras cidades do país com a organização de extensões.
Quem organiza o Festival?
O Festival é organizado por uma cooperativa cultural sem fins lucrativos: Fitei Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, CRL.
Quem participa no FITEI?
O objectivo principal do Festival é promover o teatro e as artes performativas, assim como fomentar a criação artística, através da realização de um festival anual com uma forte incidência no teatro que se cria em todo o mundo de expressão ibérica. Assim, participam no Festival companhias/artistas nacionais e internacionais, com o intuito de acolher obras artísticas de referência, clássicas e contemporâneas, bem como descobrir projectos de carácter experimental e transdisciplinar, dando assim atenção às novas linguagens artísticas no âmbito das artes performativas. São convidadas a participar no festival companhias de expressão ibérica: Portugal, Espanha, América Latina e Países Africanos de Expressão Portuguesa. Os estatutos do festival permitem a apresentação de espectáculos de outras latitudes, sempre que a oportunidade e a qualidade artística do projecto o justifique, o que já aconteceu por diversas vezes, com apresentação de espectáculos de França, Bulgária, Japão, República Checa, Alemanha, Inglaterra, Itália, etc.
Assembleia Geral
Presidente — Júlio Roldão
Vice-Presidente — João Maia
Secretário — Júlio Gago
Direção
Presidente — Jorge Ribeiro
Vice-Presidente — Jorge Pinto
Tesoureiro — Henrique Andrade
Secretário — Paulo Jorge Teixeira
Vogal — Acácio Carvalho
Vogal — Mafalda Strecht Monteiro
Vogal — Gonçalo Amorim
Conselho Fiscal
Presidente — Miguel Lemos Rodrigues
Vice-Presidente — Paulo Vinhas
Secretário — Leandro Andrade
2018
Empoderamentos
Temos entendido, anualmente, dedicar um tema ao Festival. Esse tema serve para guiar as atividades paralelas, e para munir o FITEI de uma linguagem comum que permita um diálogo mais horizontal com os artistas e com o público. O FITEI 2018 não é exceção e, do ponto de vista temático, dedicar‑se‑á a debater e reflexionar sobre os empoderamentos. Este tema não pretende condicionar os artistas, mas sim ajudar a fixar discurso sobre as suas obras, com toda a abertura que elas necessitam para serem percecionadas.
Com empoderamentos referimo‑nos à necessidade de dar poder a quem normalmente não o tem: à mulher, às minorias étnicas, ao pobre, ao habitante do sul da Europa, ao habitante do sul do mundo, ao indígena, e a muitos outros exemplos, que nos obrigam a refletir e a reequacionar a ideia de centro e de periferia, assim como a própria ideia da verticalidade hierárquica.
Numa programação que pretendeu não paternalizar nem ocupar um lugar de fala que pertence a um outro, tentámos jogar com as questões da alteridade e manter a diversidade estilística e geracional que tem marcado o Festival.
Caranguejo Overdrive de Aquela Companhia, do Brasil; Mendoza de Los Colochos, do México; A House In Asia dos catalães Agrupación Señor Serrano, Correo da chilena Paula Aros Gho, Altíssimo do Pernanbucano Pedro Vilela, a residência Yo Escribo. Vos Dibujás, no regresso de Federico León, da Argentina, constituem fortes atrativos internacionais para o certame deste ano.
A nova obra de Victor Hugo Pontes, Margem, com guião a partir de Capitães da Areia de Jorge Amado, adaptado por Joana Craveiro, e com um elenco de adolescentes. A nova obra de Marco Martins, Provisional Figures: Great Yarmouth, que pensa o surto migratório português da última década para esta pequena cidade inglesa. Quatro encenadoras/criadoras estreiam as suas novas obras no festival, Sara Barros Leitão, Ana Luena, Raquel S. e Diana de Sousa. André Amálio pensa o pós‑colonialismo na sua Trilogia, Nuno M Cardoso a animalidade na estreia de Lulu, Luis Araújo a sustentabilidade em Pulmões e Miguel Bonneville a transsexualidade e o feminismo revisitando a sua obra de 2008 MB#6, e estreando uma versão para 2018, à luz da evolução crítica dos temas. Ainda poderemos ver no Porto duas companhias da descentralização, Teatro da Didascália e o Teatro do Noroeste, além das mais recentes e muita esperadas obras de Paulo Ribeiro e Tonán Quito. O festival propõe também várias atividades paralelas e uma secção formativa intitulada Isto não é uma escola FITEI. Continuamos também a nossa parceria com a Matéria Prima, com as sugestões musicais do Paulo Vinhas.
As atividades decorrerão no Porto, Matosinhos, Viana do Castelo e Felgueiras, e a partir deste ano congratulamo‑nos com Gaia se ter juntado, também, a esta festa do teatro, parceria que temos a certeza que se continuará a desenvolver e a fortalecer. Queremos também continuar a entender o FITEI como um espaço de resistência, de apoio da diversidade, da transgeracionalidade, um espaço de empoderamento do próprio tecido artístico português e ibero‑americano. Ainda falta fazer muito, mas este parece‑nos o caminho certo.
Queremos também continuar a entender o FITEI como um espaço de resistência, de apoio da diversidade, da transgeracionalidade, um espaço de empoderamento do próprio tecido artístico português e ibero‑americano. Ainda falta fazer muito, mas este parece‑nos o caminho certo.
Gonçalo Amorim
Diretor Artístico, FITEI